segunda-feira, 31 de maio de 2010

Estudando a Mediunidade

TEORIA DA ALUCINAÇÃO
"Não é do meu conhecimento que se tenha, ainda, explicado claramente o mecanismo da alucinação. Tal como é entendida, é, todavia, um efeito muito singular e digno de estudo. Como, pois, aqueles que, através dela, pretendem explicar os fenômenos espíritas não podem explicitar sua explicação? Aliás, há fatos que escapam a essa hipótese:quando uma mesa, ou um outro objeto, se move, se eleva ou bate;quando ela passeia à vontade num quarto sem o contacto de alguém;quando ela se desprende do solo e se sustém no espaço, sem ponto de apoio;enfim, quando ela se quebra caindo, certamente isso não é uma alucinação.Supondo-se que o médium, por um efeito de sua imaginação, creia ver o que não existe, é provável que todo um grupo esteja tomado da mesma vertigem? que se repita por todos os lados, em todos os países? A alucinação, nesse caso, seria mais prodigiosa que o fato."Allan Kardec (O Que é o Espiritismo)Os que não admitem o mundo Incorpóreo e invisível julgam tudo explicar com a palavra alucinação. Toda gente conhece a definição desta palavra. Ela exprime o erro, a ilusão de uma pessoa que julga ter percepções que realmente não tem. Origina-se do latim hallucinari, errar, que vem de ad lucem. Mas, que saibamos, os sábios ainda não apresentaram a razão fisiológica desse fato.Não tendo a ótica e a fisiologia, ao que parece, mais segredos para eles, como é que ainda não explicaram a natureza e a origem das imagens que se mostram ao Espírito em dadas circunstâncias?Tudo querem explicar pelas leis da matéria; seja. Forneçam então, com o auxílio dessas leis, uma teoria, boa ou má, da alucinação. Sempre será uma explicação. ( O Livro dos Médiuns - item 111 )Os sábios desdenharam de ocupar-se com a alucinação. Quer seja real, quer não, ela constitui um fenômeno que a Fisiologia tem que se mostrar capaz de explicar, sob pena de confessar a sua insuficiência. Se, um dia, algum sábio se abalançar a dar desse fenômeno, não uma definição, entendamo-nos bem, mas uma explicação fisiológica, veremos se a sua teoria resolve todos os casos. Sobretudo, que ele não omita os fatos, tão comuns, de aparições de pessoas no momento de morrerem; que diga donde vem a coincidência da aparição com a morte da pessoa. Se este fosse um fato insulado, poder-se-ia atribuí-lo ao acaso; é, porém, muito freqüente para ser devido ao acaso, que não tem dessas reincidências.Se, ao menos, aquele que viu a aparição tivesse a imaginação despertada pela idéia de que a pessoa que lhe apareceu havia de morrer, vá. Mas, quase sempre, a que aparece é a em quem menos pensava a que a vê. Logo, a imaginação não entra aí de forma alguma. Ainda menos se podem explicar pela imaginação as circunstâncias, de que nenhuma idéia se tem, em que se deu a morte da pessoa que aparece.Dirão, porventura, os alucinacionistas que a alma (se é que admitem uma alma) tem momentos de sobreexcitação em que suas faculdades se exaltam. Estamos de acordo; porém, quando é real o que ela vê, não há ilusão. Se, na sua exaltação, a alma vê uma coisa que não está presente, é que ela se transporta; mas, se nossa alma pode transportar-se para junto de uma pessoa ausente, por que não poderia a alma dessa pessoa transportar-se para junto de nós? Dignem-se eles de levar em conta estes fatos, na sua teoria da alucinação, e não esqueçam que uma teoria a que se podem opor fatos que a contrariam é necessariamente falsa, ou incompleta.(O Livro dos Médiuns - item 112 )

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