domingo, 5 de setembro de 2010

Ecologia e Espiritismo



É urgente que o movimento espírita absorva e contextualize, à luz da doutrina, os sucessivos relatórios científicos que denunciam a destruição sem precedentes dos recursos naturais não renováveis, no maior desastre ecológico de origem antrópica da história do planeta. Os atuais meios de produção e de consumo precipitaram a humanidade na direção de um impasse civilizatório, onde a maximização dos lucros tem justificado o uso insustentável dos mananciais de água doce, a desertificação do solo, o aquecimento global, a monumental produção de lixo, entre outros efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento “ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto”.
Na pergunta 705 do Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a Lei de Conservação, Allan Kardec pergunta: “Porque nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”, ao que a espiritualidade responde: “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se”(...).
É evidente que em uma sociedade de consumo, nenhum de nós se contenta apenas com o necessário. A publicidade se encarrega de despertar apetites vorazes de consumo do não necessário ­ daquilo que é supérfluo, descartável, inessencial ­ renovando a cada nova campanha a promessa de felicidade que advém da posse de mais um objeto, seja um novo modelo de celular, um carro ou uma roupa. Para nós espíritas, é fundamental que o alerta contra o consumismo seja entendido como uma dupla proteção : ao meio ambiente ­ que não suporta as crescentes demandas de matéria-prima
e energia da sociedade de consumo, onde a natureza é vista como um grande e inesgotável supermercado – e ao nosso espírito imortal, já que, segundo a doutrina espírita, uma das características predominantes dos mundos inferiores da Criação é justamente a atração pela matéria. Nesse sentido, não há distinção entre consumismo e materialismo, e nossa invigilância poderá custar caro ao projeto evolutivo que desejamos encetar . Essa questão é tão crucial para o Espiritismo, que na pergunta 799 do Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta “de que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?”, a resposta é
taxativa: “Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade.(...)”
(...) Não é possível, portanto, esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados. Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar à esse mundo pelas portas da reencarnação. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável ­ sem os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa – deveremos agir agora, sem perda de tempo.
Depois que a ONU decretou que 2003 seria o ano internacional da água doce, os católicos não hesitaram em, pela primeira vez em 40 anos de Campanha da fraternidade, eleger um tema ecológico: “Água: fonte de vida”. Mais de 10 mil paróquias em todo o Brasil foram estimuladas a refletir sobre o desperdício, a poluição e o aspecto sagrado desse recurso fundamental à vida. E nós espíritas? O que fizemos, ou o que pretendemos fazer? O grande Mahatma Gandhi ­ que afirmou certa vez que toda bela mensagem do cristianismo poderia ser resumida no sermão da montanha – nos serve de exemplo, quando diz “sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo”.
André Trigueiro

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Organismo Mediúnico Coletivo

Estávamos, dias atrás, ouvindo a lúcida palavra de Irmão José, através da faculdade psicofônica do médium, ao afirmar que a Terra pode ser considerada um organismo coletivo de natureza mediúnica. Dizia ele, na oportunidade, que o orbe planetário, em regime de urgência, está necessitando que os homens o envolvam em boas palavras e bons pensamentos, desencadeando atitudes positivas que se oponham às ações inconsequentes que vêm estabelecendo o caos e colocando sob severa ameaça toda a Humanidade. Ainda discorrendo sobre o assunto, esclareceu que os Espíritos Superiores, do ponto de vista coletivo, têm encontrado enorme dificuldade no que tange à recepção das ideias elevadas que transmitem aos homens, com seu espaço de influência, na mente das criaturas, a diminuir drasticamente. E voltou a enfatizar que, assim como são feitas campanhas contra o chamado “aquecimento global”, uma campanha de combate ao pessimismo e à descrença, às palavras torpes e aos pensamentos doentios, quase generalizados, carece de ser levada a efeito no sentido de facilitar a ação dos espíritos que procuram deter a marcha dos infelizes acontecimentos em curso. Quando o preclaro Benfeitor terminou a oportuna alocução, ficamos, com outros amigos desencarnados, a meditar sobre a profundidade de suas sábias colocações, porque nunca havíamos pensado que a Humanidade, como um todo, igualmente constitui um organismo mediúnico que vive constantemente em sintonia com os desencarnados a rodeá-la. Os Espíritos Superiores não dispõem de outro instrumento de influência sobre os homens que não seja o do pensamento! Entretanto, se os homens não se colocam, pelo menos, na mínima condição receptiva ideal, eles como que “pregarão no deserto”... O Evangelho nada mais representa que a condensação doutrinária do Pensamento do Cristo que, há mais de dois mil anos, vem procurando, sem qualquer imposição, moldar o pensamento humano em novas bases. Neste alvorecer de milênio, a Humanidade em transe coletivo, de maneira inconsciente, vem permitindo o avanço das Trevas em oposição às Falanges da Luz. Daí, a causa de a Terra, refletindo a insanidade da criatura, estar revolvendo-se em suas entranhas, como alguém que, depois de ter ingerido alimento deteriorado, anseia por lançá-lo fora. Irmão José, em suas ponderações, considerou que semelhante processo, por assim dizer, é irreversível, mas que pode ser amenizado em seus efeitos, desde que cada “célula” do organismo coletivo tome consciência da situação e assuma a responsabilidade de trabalhar para “oxigenar” os seus pulmões espirituais.Portanto, por mais estreito seja o nosso círculo de atuação junto à comunidade encarnada e desencarnada, não mais adiemos a Campanha das Boas Palavras e dos Bons Pensamentos! A Terra, mãe de todos os homens, está necessitando ser acariciada pelos filhos que, até o presente momento, somente a têm tratado com desdém e ingratidão, em tremendo processo de vampirismo que a esgota nas energias que lhe são vitais.

Dr. INÁCIO FERREIRA
(Mensagem psicografada pelo médium Carlos Baccelli em Uberaba - MG, no dia 20 de abril de 2010 às 05h40 - http://inacioferreira-baccelli.zip.net/)

Filosofia Espírita

Vontade: Ferramenta da Evolução
A. Merci Spada Borg

Há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém. (João, 21:25)Jesus não perdia a menor oportunidade para ensinar; qualquer situação, qualquer momento, aparentemente insignificante, suscitava para Ele lições de extremada importância para a Humanidade. O tempo urgia, não podia tergiversar. Cada momento tinha o seu valor.Uma dentre tantas lições de profundeza moral merece destaque especial (Marcos, 11:12 a 14; 19 a 26):E no dia seguinte, quando saíram de Betânia teve fome. E vendo de longe numa figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa: e chegando a ela não achou senão folhas, porque não era tempo de figos.E Jesus falando, disse à figueira: nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto. (...)E sendo já tarde saiu fora da cidade. E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste secou. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Tende fé em Deus; Porque, em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te ao mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhes será feito. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis; E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas; Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas."É interessante observar que, nessa belíssima passagem evangélica, de profunda significação, Pedro não compreendeu de imediato a lição do Mestre, ele sentiu apenas o que seus sentidos registraram, e assim entendeu a atitude de Jesus como se fosse uma maldição.O divino Amigo, todavia, não tinha tempo a perder, não tentou sequer justificar-se. Ele, a personificação do Amor, jamais prejudicaria quem quer que fosse; quanto mais uma inofensiva árvore, por não ter frutos fora de época. Ele tinha conhecimento de todas as leis da Natureza e em instante algum as transgrediria.A atitude de Jesus descortinou, como em tantos outros momentos, a sabedoria do Grande Mestre: demonstrar na prática o poder que o homem carrega dentro de si; poder esse que, usado à revelia, pode causar malefícios irreversíveis não só contra a Natureza, mas também contra si e os semelhantes.(Sabe-se hoje, através de estudos e também pela revelação dos Espíritos, o poder que o pensamento armazena e se expressa pelas palavras. E, de acordo com a emoção, o vigor veiculado, emite jatos de energia magnética na direção do sujeito ou objeto focalizado.)Primeiro a lição prática: Jesus usou a vontade, através das palavras, para secar a figueira. Deu um tempo suficiente e retornou para completar a lição por meio da teoria.É então que ressalta o poder da palavra quando pronunciada com fé somada ao poder da oração: "Tende fé em Deus (...), tudo que pedirdes orando crede que o recebereis e tê-lo-eis..."Mas não deixa de alertar sobre a importância do perdão: "(...) e quando estiverdes orando perdoai se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus vos perdoe as vossas ofensas."Neste alerta está nitidamente expressa a força poderosa da Vontade. Jesus usou-a. Os homens podem também usá-la. A tarefa que aguardava os Seus discípulos exigia um grande esforço interior, muita vontade, e bem dirigida, para prosseguirem até o fim.Logo em seguida, completando o alerta, o Mestre conclui: (...) mas se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos céus vos não perdoará as vossas ofensas."Nessa conclusão, Jesus esclarece que os atos oriundos de qualquer ofensa não serão perdoados. Portanto, cada ação é da responsabilidade de seu autor perante as divinas leis.O Homem encarnado, em sua tríplice composição - corpo, perispírito, Espírito -, ainda desconhece o potente manancial fluídico que possui. Assim sendo, usa-o às cegas, como a criança que não avalia o perigo que representam certos elementos e objetos nas próprias mãos.O perispírito, corpo fluídico do Espírito, está intimamente ligado ao corpo físico e ao Espírito; assim sendo, conduz o pensamento que se exterioriza sob o comando poderoso e autoritário da vontade.A atividade constante, dinâmica, ininterrupta do pensamento, sob esse comando, age vigorosamente sobre a atmosfera do ambiente em que atua; sobre as pessoas com as quais convive; sobre o próprio corpo espiritual, que, por sua vez, reflete no corpo físico e no Espírito. A reação se apresenta de acordo com a qualidade da emissão - boa ou má, superior ou inferior, construtiva ou destrutiva, viciosa ou edificante - que será multiplicada pelo tipo de companhia espiritual que possa atrair.Assim, pensamentos, palavras de amor, ternura, piedade projetam energias salutares que impregnam a atmosfera em que se respira:Deus te abençoe! Tenha um bom dia! Tudo vai dar certo! Esse procedimento atrai os bons Espíritos que, por sua vez, colaboram na emissão de energias enriquecedoras.Todavia, pensamentos e palavras de ódio, raiva, deboche, revolta, projetam energias deletérias:Maldição! Vá pro inferno! Nada dá certo comigo! Todo tipo de obscenidade e palavrões. E os Espíritos infelizes são atraídos pelo magnetismo emitido, aproximam-se e colaboram na ampliação dos fluidos saturados, bem como na concretização dos pensamentos infelizes.Por isso, frases otimistas, cheias de fé, de esperança, reanimam. Frases pessimistas abatem o ânimo. Portanto, o estado de ânimo depende da vontade, do querer.Existe um axioma popular que diz: "Querer é poder!" Realmente, o querer, a vontade, são poderosos. Quando se quer com vigor, consegue-se, pois a emissão das energias é impulsionada pela vontade e dá força para reverter qualquer estado negativo, depressivo em que se encontra. Com fé, se atraem amigos espirituais e, através da oração, estabelece-se sintonia com os Planos Superiores. Por isso, Jesus afirmou: (...) qualquer que disser a este monte ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito."A vontade se manifesta através dos pensamentos, palavras, gestos, atos, nos momentos mais simples da vida, quando se quer, ou não se quer: falar, andar, comer, sorrir, chorar... até os atos mais complexos: pensar, refletir, progredir, amar, obedecer, estudar, criar, prejudicar, mentir, acusar, e assim por diante.A vontade pode ser direcionada a favor do próprio indivíduo ou contra ele, os semelhantes, a Natureza, um ideal. Para o bem, para o mal. Para construir, para destruir.Léon Denis define muito bem a vontade: "A Vontade é força suprema; é a própria alma que exerce o seu império sobre as potências inferiores: o uso que dela façamos determinará nosso adiantamento preparando o nosso futuro, fortificando-nos ou deprimindo-nos." ("Depois da Morte", pág. 212).Num outro momento, o grande estudioso da Doutrina dos Espíritos afirma:O poder da vontade sobre os fluidos é ilimitado e aumenta com a elevação do Espírito. No ambiente terrestre, seu poder sobre a matéria é limitado, visto que o homem não se conhece e não sabe utilizar as forças que estão nele..." (Idem, pág. 209).O poder da vontade se compara ao da água e do fogo: Quando bem direcionados, controlados, são os maiores indutores do progresso; porém, sem controle, sem limites, causam tragédias e destruições.No episódio da figueira, Jesus demonstrou o poder de destruição da vontade, e a necessidade de usá-la para o bem. Para tanto, acrescentou a fé, a oração e o perdão, para que seus efeitos se ampliassem.Na breve existência sobre a Terra, Seus feitos exaltaram não apenas o poder da vontade, mas também os seus benefícios: curou cegos, paralíticos, leprosos, obsidiados, acalmou tempestades, caminhou sobre as águas, suportou dores físicas e morais superlativas. Jesus manipulava os fluidos com conhecimento de causa. Assim, usou a figueira para que Seus discípulos testemunhassem a força, o manancial de energia que cada um possuía e, ao mesmo tempo, aprendessem a manipular corretamente essas energias. É preciso conhecer a ferramenta para utilizá-la com proveito.O mal não é criação divina. É o produto da inferioridade do homem. Deus deu-lhe as ferramentas para serem bem usadas. Quando mal utilizadas, produzem malefícios, tanto para si quanto para os semelhantes, afetando a ambiência em que vive. Assim, ao observar detalhadamente as múltiplas utilidades que uma lâmina apresenta, em suas diferentes versões, perceber-se-á que abre caminhos ásperos; facilita a vida doméstica; salva vidas e as prolonga em salas de cirurgia. Tornou-se, portanto, instrumento de sobrevivência da Humanidade. No entanto, nem sempre se imagina quanto mal, quanta desgraça acarreta quando mal empregada. Todavia, nos bastidores de toda essa dinâmica progressiva ou destrutiva a vontade se faz presente.A vontade, mal direcionada pelo homem, é hoje a principal causadora dos despautérios em que a Terra se debate. É necessário reverter o direcionamento de seus desejos para o bem comum, para o amor, para a fraternidade. Ninguém vive feliz projetando destruição... Pois, destruindo a seara alheia se destrói as próprias fontes de vida em que se respira.A demonstração do Divino Amigo para Seus discípulos foi também para a Humanidade de todos os tempos: "Nunca mais coma alguém fruto de ti."Nessa breve demonstração, iluminou consciências inexperientes: tudo que se destrói no presente, com certeza faltará no futuro.Sem vontade não se constrói, não se evolui. A vida se compõe de desafios constantes. A cada desafio vencido, uma vitória alcançada. Se a cada desafio forem somados a força da fé, o poder da oração e a plenitude do perdão, não há o que temer. A vontade bem direcionada conduzirá a alma pelos caminhos do Amor.Nos momentos cruciais em que as asperezas das provas enfraquecerem a vontade, é importante recordar:Num momento de ira, Moisés destruiu as tábuas da lei; mas, de vontade firme, armou-se de humildade, retornou à áspera tarefa e recuperou os Dez Mandamentos.Num momento de inferioridade, Judas traiu Jesus.Num instante de medo, a vontade de Pedro vacilou, e ele negou Jesus.Num momento de autoridade, Paulo perseguiu Jesus; todavia, num arroubo de coragem, abandonou tudo e seguiu Jesus.Com a vontade centrada no Divino Mestre Jesus, todos se redimiram.

Fonte: "O Reformador" - Novembro/20

Estudando a Mediunidade

TEORIA DA ALUCINAÇÃO
"Não é do meu conhecimento que se tenha, ainda, explicado claramente o mecanismo da alucinação. Tal como é entendida, é, todavia, um efeito muito singular e digno de estudo. Como, pois, aqueles que, através dela, pretendem explicar os fenômenos espíritas não podem explicitar sua explicação? Aliás, há fatos que escapam a essa hipótese:quando uma mesa, ou um outro objeto, se move, se eleva ou bate;quando ela passeia à vontade num quarto sem o contacto de alguém;quando ela se desprende do solo e se sustém no espaço, sem ponto de apoio;enfim, quando ela se quebra caindo, certamente isso não é uma alucinação.Supondo-se que o médium, por um efeito de sua imaginação, creia ver o que não existe, é provável que todo um grupo esteja tomado da mesma vertigem? que se repita por todos os lados, em todos os países? A alucinação, nesse caso, seria mais prodigiosa que o fato."Allan Kardec (O Que é o Espiritismo)Os que não admitem o mundo Incorpóreo e invisível julgam tudo explicar com a palavra alucinação. Toda gente conhece a definição desta palavra. Ela exprime o erro, a ilusão de uma pessoa que julga ter percepções que realmente não tem. Origina-se do latim hallucinari, errar, que vem de ad lucem. Mas, que saibamos, os sábios ainda não apresentaram a razão fisiológica desse fato.Não tendo a ótica e a fisiologia, ao que parece, mais segredos para eles, como é que ainda não explicaram a natureza e a origem das imagens que se mostram ao Espírito em dadas circunstâncias?Tudo querem explicar pelas leis da matéria; seja. Forneçam então, com o auxílio dessas leis, uma teoria, boa ou má, da alucinação. Sempre será uma explicação. ( O Livro dos Médiuns - item 111 )Os sábios desdenharam de ocupar-se com a alucinação. Quer seja real, quer não, ela constitui um fenômeno que a Fisiologia tem que se mostrar capaz de explicar, sob pena de confessar a sua insuficiência. Se, um dia, algum sábio se abalançar a dar desse fenômeno, não uma definição, entendamo-nos bem, mas uma explicação fisiológica, veremos se a sua teoria resolve todos os casos. Sobretudo, que ele não omita os fatos, tão comuns, de aparições de pessoas no momento de morrerem; que diga donde vem a coincidência da aparição com a morte da pessoa. Se este fosse um fato insulado, poder-se-ia atribuí-lo ao acaso; é, porém, muito freqüente para ser devido ao acaso, que não tem dessas reincidências.Se, ao menos, aquele que viu a aparição tivesse a imaginação despertada pela idéia de que a pessoa que lhe apareceu havia de morrer, vá. Mas, quase sempre, a que aparece é a em quem menos pensava a que a vê. Logo, a imaginação não entra aí de forma alguma. Ainda menos se podem explicar pela imaginação as circunstâncias, de que nenhuma idéia se tem, em que se deu a morte da pessoa que aparece.Dirão, porventura, os alucinacionistas que a alma (se é que admitem uma alma) tem momentos de sobreexcitação em que suas faculdades se exaltam. Estamos de acordo; porém, quando é real o que ela vê, não há ilusão. Se, na sua exaltação, a alma vê uma coisa que não está presente, é que ela se transporta; mas, se nossa alma pode transportar-se para junto de uma pessoa ausente, por que não poderia a alma dessa pessoa transportar-se para junto de nós? Dignem-se eles de levar em conta estes fatos, na sua teoria da alucinação, e não esqueçam que uma teoria a que se podem opor fatos que a contrariam é necessariamente falsa, ou incompleta.(O Livro dos Médiuns - item 112 )

Analisando a questão de nº 645 de O Livro dos Espíritos - Allan kardec

645 - Quando o homem se acha, de certo modo, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se lhe torna um arrastamento quase irresistível?
R: "Arrastamento, sim; irresistível, não; porquanto, mesmo dentro da atmosfera do vício, com grandes virtudes às vezes deparas. São Espíritos que tiveram a força de resisitir e que que, ao mesmo tempo, receberam a missão de exercer boa influência sobre seus semelhantes."
Hoje quando vemos tantos irmãos cometendo equívocos e depois alegando que foram levados irresistivelmente para aquilo, mas não era a vontade deles, nos perguntamos :
-Onde está o discernimento do que é bom e do que é mal?Se faço na calada noite ou ao sol do meio dia um mal ao meu próximo, se roubo, se mato, se cometo atos que vão deixar seqüelas em uma criatura para todo sempre, eu não posso e, é inconcebível dizer que foram os Espíritos que me levaram a tal atitude.Há os arrastamentos? Os Espíritos responderam que sim. Mas com certeza se a criatura já tem o seu caráter formado e sabe que o correto é fazer o bem ao próximo, se ele entende os mandamentos, se não quer para si e o que faz para o outro, saberá que aquele não é o caminho certo. São escolhas que fazemos na vida e que irão nos dizer se seremos felizes ou infelizes.Se observarmos o 5º mandamento que diz:
" - Não matarás. "Verificaremos que ele termina com um ponto final. Depois disso se houver complementação é problema do homem.Como complementação? Quando o homem acha que tem que matar porque o indivíduo opta por outra orientação sexual, quando a sorte ou não lhe proporciona carros de marcas invejáveis, quando ele para ter um celular da moda, tira a vida de uma pessoa simples, quando estar na condição de prostituta, mendigo,etc...é motivo torpe de violência que leva ao óbito.Sim, devemos rever nossos conceitos e nos espiritualizarmos mais, sermos responsáveis por nosso atos e ações.Este planeta é a nossa morada temporária, mas se hoje não faço dele um lugar melhor para se viver e espalho o meu veneno, com certeza é para cá que voltarei, para sofrer na própria vida os arrastamentos os quais permiti deixar levar-me.
Vamos pensar! Vamos repensar o que estamos fazendo com a vida que Deus nos deu por empréstimo.
"TU TE TORNAS RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS " (SAINT EXUPERY)
Autora: Rosangela F. do Nascimento.

MOMENTO SAÚDE

Hanseníase

Mais Esclarecimentos Essa doença também é popularmente conhecida como LEPRA. É uma infecção provocada por uma bactéria (microorganismo microscópico) chamada de Micobacterium leprae (bacilo de Hansen).Esse microorganismo se dissemina pelo tecido do indivíduo ocasionando destruição das terminações nervosas, por isso ocorre uma perda de sensibilidade na área afetada pela doença.Atualmente a doença já tem cura e quanto mais cedo for diagnosticado mais rápido será a cura.Fique atento para o aparecimento de manchas avermelhadas ou esbranquiçadas em qualquer parte do corpo. Na área dessas lesões a pele fica com sensibilidade reduzida ou não apresenta sensibilidade alguma ao calor, a dor ou ao tato. Apresenta ainda dormência e formigamento. Essas manchas não coçam, não doem e não incomodam . A transmissão pode ocorrer pelo contato com a pele doente de uma pessoa que tem as formas contagiosas e não faz tratamento algum, ou ainda por vias respiratórias.Não é uma doença hereditária.A forma NÃO CONTAGIANTE é caracterizada por manchas avermelhadas, bem definidas, com sensibilidade diminuída, mais freqüentes nos braços, pernas, nádegas e rosto.A forma CONTAGIANTE apresenta formas avermelhadas, vinhosas ou acastanhadas, com bordas irregulares e mal delimitadas, ou nódulos, caroços, queda de pêlos das sobrancelhas e inchaço no rosto e orelhas. Podem se apresentar em qualquer parte do corpo.Assim que observar qualquer sinal descrito como suspeito de hanseníase em você ou outra pessoa, procure ou encaminhe a pessoa a um Posto de Saúde. No Posto de Saúde o doente terá direito a realização de todos os exames, além de remédios e tratamento gratuito. Ajude a eliminar esta doença de nossa sociedade, divulgue essas informações com amigos, vizinhos e instituições como igrejas, escolas, sindicatos, etc.Procure conhecer as organizações que trabalham para ajudar os portadores da doença e seja um voluntário, ajudando nessas instituições.